sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Quarto dia!
No dia seguinte depois de tomar um chá (mate também) e arrumar as canoas partimos novamente. Quando estávamos já no meio da travessia aparecer uma embarcação com três mulheres e um homem que, ao chegar perto começaram a gritar para que parássemos. Eu estava na batera com Renato e Vado a embarcação se aproximou e a mais velha das três mulheres pediu alguns agasalhos para a família dela e as outras de Gamelas. Aconteceu que nós não passamos pela vila e eles estavam esperando para ganhar roupa que nós levávamos... Entregamos algumas coisas, estava praticamente tudo molhado, mas isso não foi um problema para eles/as... Tinham feito uma vaquinha para poder pagar a gasolina para nos alcançarem antes que chegássemos à próxima vila. A viagem na batera, apesar das boas companhias, não foi muito entretida porque não tinha como remar então parecia que estava me aproveitando do esforço dos dois rapazes... Além disso, passei um pouco de frio, mas também cantamos e contamos várias coisas um do outro. Chegamos à casa de Valdomiro em Poruquara. [Esta Vila fica na Baía dos Pinheiros e é possível chegar tanto por mar quanto por terra pela estrada do Bronze desde Guaraqueçaba. As relações comerciais e de comunicação são, por isso, especialmente com Guaraqueçaba] Além de conhecer e hospedar-nos na casa do Valdomiro, conhecemos a Dona Pedrina -de 87 anos- e dois filhos e uma filha dela: Seu Vicente, Jamil e a filha que mora em Paranaguá. Ela é uma senhorinha bem querida que, dizem que era curandeira, e mesmo com a idade dela ainda surpreende com a habilidade que tem de sentar de cócoras e ficar durante longo tempo. Seu Vicente toca fandango e na segunda noite que ficamos na Vila, ele nos privilegiou tocando a sua rabeca. Mas voltando à cronologia da viagem... Quando chegamos depois de longas horas de remada, retiramos todas as sacolas de roupa das canoas e já aprontamos a janta, pois estávamos “morrendo” de fome. Vado se prontificou e fez uma sopa. Ocupamos toda a casa do Valdomiro para dormir. Camila, Elaine, Pedro e eu dormimos numa das salas. Camila, no dia seguinte comentou que tinha passado frio, então na noite seguinte iria dormir no meio para compensar a falta de cobertores... Eu tive frio nos pés, mas encostava-os na Elaine [He he!]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário